O senador eleito Sergio Moro pediu para que Bolsonaro o ajude a se filiar ao PL. O problema é que o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, é radicalmente contra a entrada de Moro no partido.
Sergio Moro vai alegou a Jair Bolsonaro que a permanência no União Brasil ficou insustentável, uma vez que o partido vem se aproximando do governo Lula e pode até chefiar ministérios a partir de janeiro.
Valdemar lembrou a aliados que Moro foi juiz auxiliar da ministra Rosa Weber, no STF, durante o julgamento do mensalão. Valdemar foi preso e condenado nesse caso, que apontou crimes durante o governo Lula.
Valdemar tem também um argumento jurídico para demover Bolsonaro de pavimentar a entrada de Moro no PL. O diretório paranaense do partido pediu que a Justiça Eleitoral casse o mandato de Moro no Senado por supostas irregularidades contábeis. O processo é sigiloso. Se a ofensiva prosperar e houver uma nova eleição no estado, um dos favoritos seria Paulo Martins, do PL, que ficou logo atrás de Moro na eleição.
Acredito que o presidente aceite dialogar e ajudar Moro nessa dificuldade. Será uma boa dupla futura. Moro pode ter errado devido às circunstâncias políticas do momento, mas creio não ter nada que o desabone moralmente. Precisou se defender. Também não acredito que ele tenha roubado ou aceitado propinas. Foi um juiz decisivo no processo Lava-jato. Fez um bom trabalho. Quanto ao presidente do PL, se errou, já pagou. Então, zero a zero. Os dois são homens de idoneidade formada, com alto potencial político. É disso que o Brasil precisa: homens de ação, que ajudem a soerguer esta nossa querida nação feita de brasileiros corretos, humildes e trabalhadores. Política é política. Santos-SP.