A taxa de desemprego subiu em 16 unidades da federação no primeiro trimestre de 2023, quando comparado com o último trimestre de 2022, informou na quinta-feira (18) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nos outros 11 estados, o indicador ficou estável, sem variações estatísticas consideráveis, em relação ao quarto trimestre de 2022.
Na média do Brasil, o desemprego subiu para 8,8% no primeiro trimestre, após marcar 7,9% nos três meses imediatamente anteriores. Apesar do avanço, o nível é o menor para o primeiro trimestre desde 2015 (8%).
Na mesma base de comparação, o desemprego cresceu nas cinco grandes regiões do país. O destaque foi o Nordeste, onde a taxa aumentou 1,4 ponto percentual, chegando a 12,2%. Os dados integram a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua. O levantamento analisa tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal.
Economistas avaliam que a retomada do emprego tende a perder velocidade neste ano. A projeção está associada ao cenário de desaceleração da atividade econômica em meio ao contexto de juros elevados. O Nordeste (12,2%) seguiu com a maior taxa de desocupação entre as regiões no primeiro trimestre, enquanto o Sul (5%) teve a menor. Centro-Oeste (7%), Sudeste (8,6%) e Norte (9,1%) completam a lista. Das dez unidades da federação com desemprego mais elevado, 7 são estados da região Nordeste. Destacam-se Bahia (14,4%) e Pernambuco (14,1%), que têm as maiores taxas do país. As menores foram registradas por Rondônia (3,2%), Santa Catarina (3,8%) e Mato Grosso (4,5%).