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    Sites oficiais do governo brasileiro passam a usar a linguagem neutra e Brasil vai na contramão do mundo

    O site da Agência Brasil, agência de notícias brasileira, site oficial alimentando pelo próprio governo Lula começou a utilizar a ‘linguagem neutra‘ em suas publicações. Na sexta-feira (21) a agência publicou uma matéria com o seguinte título:

    “Parlamentares eleites reúnem-se pela primeira vez em Brasília”

    E o uso do gênero neutro para a palavra eleito chocou os usuários, além da palavra oficialmente não existir no português brasileiro, o uso de termos neutros pelo próprio governo vai na contramão do mundo que vem criando ações para banir o uso da linguagem.

    Nos últimos anos, esse tema tem sido debatido em diversos países. A capital argentina está atualmente em evidência sobre essa discussão porque o governo local emitiu, em junho do ano passado, uma norma para impedir o uso da chamada “linguagem inclusiva” ou “neutra” na educação inicial, primária e secundária.

    Essa decisão em Buenos Aires proíbe o uso das terminações de gênero neutro, como “e”, “x” ou “@”, nas comunicações institucionais e veta que elas sejam ensinadas como parte do currículo escolar. E também exige que todo o aprendizado ocorra “de acordo com as regras da língua espanhola”.

    Ao justificar a decisão, as autoridades de Buenos Aires argumentaram que os alunos obtiveram baixos resultados nas últimas avaliações de leitura e escrita. “A deformação do uso da linguagem tem um impacto negativo na aprendizagem, especialmente considerando as consequências da pandemia”, argumentou o Ministério da Educação de Buenos Aires.

    Em janeiro, o Uruguai tomou medida semelhante quando publicou uma circular afirmando que, no campo da educação pública, o uso da linguagem “deve obedecer às regras da língua espanhola”.

    A discussão sobre a linguagem neutra também se tornou recorrente na França. Aliás, este foi o país que tomou a decisão mais abrangente e dura sobre o tema. Isso porque o ministro da Educação, Jean-Michel Blanquer, assinou uma circular, em maio de 2021, que proíbe o uso dessas escritas inclusivas nas salas de aula.

    Ao contrário do que acontece em espanhol e no português com terminações como “e”, “x”, ou “@”, em francês a forma mais utilizada na escrita para conferir neutralidade é um ponto médio (•). Isso é usado para dar a uma palavra terminações masculinas e femininas, simultaneamente.

    Blanquer proibiu o uso do ponto médio nas escolas argumentando que “a impossibilidade de transcrever oralmente textos com esse tipo de grafia dificulta tanto a leitura em voz alta quanto a pronúncia e, consequentemente, o aprendizado, principalmente dos pequenos”.

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