Por mais que o futuro governo Lula fale em criar e recriar mais ministérios, o espaço é pouco para encaixar todos aliados. Para agravar a situação, a bancada do PT apresentou ontem a Lula uma lista com as pastas das quais não abre mão: Fazenda (Economia), Casa Civil, Articulação Política, Desenvolvimento Social (que vai cuidar do Bolsa Família), Saúde e Educação.
Um dos problemas é que o Desenvolvimento Social é objetivo da senadora Simone Tebet (MDB-MS), uma das mais ativas apoiadoras de Lula no segundo turno. Os petistas temem que a exposição positiva dela numa pasta com forte apelo social possa influenciar para a eleição de 2026 e ela ganhe mais visibilidade que o Lula e o PT não consiga permanecer no poder.
Lula também oficializou que a deputada Gleisi Hoffmann (PT-SC) não será ministra. Ele defendeu que ela continue na presidência da legenda até novembro de 2023, quando termina seu mandato, e elogiou a forma como conduziu o partido no auge da Lava-Jato, onde os escândalos de corrupção do PT estava na mídia. Com a decisão, abre-se espaço na esplanada para petistas que estarão sem mandato, como o governador baiano Rui Costa, e evita-se uma disputa pelo comando da legenda junto com a mudança de governo.
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