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    O risco de investir na Petrobras não compensa mais, diz especialistas

    O PT já sinalizou que não concorda com a política da Petrobras, que “retira a capacidade de investimento da empresa e enriquece acionistas”.

    A maneira como o governo Lula irá conduzir as políticas da Petrobras e de outras estatais – é um dos fatores que mais preocupam o mercado em relação a troca de comando do País. No governo de Jair Bolsonaro (PL), a Petrobras registrou recordes em lucros e distribuição de dividendos. Investidores e profissionais do mercado temem mudanças na estatal, desde a Política de Paridade de Preços (PPI) até a distribuição de dividendos da empresa, que podem interferir na performance da companhia na bolsa de valores de São Paulo (B3).

    Segundo Sidney Lima, analista da Top Gain, um dos temores do mercado em relação à Petrobras, com o novo governo, está ligado a possibilidade de que a empresa possa ser utilizada como “instrumento de política social”, já que Lula se diz à favor de “abrasileirar” os preços praticados pela empresa.

    “O maior temor dos grandes investidores da Petrobras se dá pelo fato que o presidente eleito se posicionou por várias vezes sendo contrário à Política de Paridade de Preços (PPI)”, disse Lima.

    “Lula também se diz à favor da construção de refinarias e tal fato pode ter um impacto direto na distribuição do lucro aos acionistas, pois, em curto prazo, utilizaria o caixa disponível e isso traz uma série de incertezas, principalmente se observado o histórico da gestão petista nos últimos governos”, destacou.

    O PT já deu indícios de que pode alterar a política de preços adotada pela empresa desde outubro de 2016 (o que consequentemente mexeria com os resultados da estatal).

    A presidente nacional do Partido do Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffman afirmou que o partido não concorda com a política de distribuição de dividendos da estatal petroleira.

    “Passada a eleição volta a sangria na Petrobras. Estão preparando a distribuição de $ 50 bilhões em dividendos. Não concordamos com essa política que retira da empresa sua capacidade de investimento e só enriquece acionistas. A Petrobras tem de servir ao povo brasileiro”, escreveu em seu Twitter a deputada federal.

     

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