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    Neuralink empresa de Elon Musk começará implementar chips cerebrais em humanos em 2023

    Em evento online da Neuralink nesta quarta (30), o bilionário e CEO da empresa Elon Musk afirmou que a empresa deve implantar seu primeiro chip no cérebro de um ser humano em menos de seis meses.

    Do tamanho de uma moeda, o chip estará em fase de testes. Caso dê certo, o objetivo é facilitar a interação direta entre cérebro e computador, além de desenvolver tratamentos para que deficientes visuais voltem a enxergar e pessoas com tetraplegia voltem a andar e mover os braços.

    De acordo com Elon Musk, parte dos documentos necessários para o início dos testes já foram entregues à Food and Drug Administration, agência federal norte-americana que regula as atividades envolvendo saúde pública, equivalente a ANVISA no Brasil.

    Elon também apresentou o progresso dos testes que vêm sendo realizados em macacos e porcos. Os porcos também receberam eletrodos na medula espinhal, para estabelecer a comunicação entre os dois dispositivos.

    Assim, o chip conseguiu fazer a leitura dos comandos cerebrais e os enviar para os eletrodos, possibilitando o controle de diferentes movimentos das pernas do animal. Os eletrodos também fizeram o caminho inverso: foram capazes de entender sinais sensoriais na extremidade das patas e os enviar para o cérebro.

    Já nos macacos, o chip cerebral foi implantado com uma câmera acoplada no córtex visual. Ele conseguiu capturar e armazenar flashes visuais que o animal interpretou como se estivesse em locais diferentes.

    Em outros testes, os macacos também jogaram o tradicional jogo de videogame Pong, seguiram instruções e foram capazes de digitar em um teclado virtual sob o comando do cérebro, sem usar as mãos.

    Chips potentes

    O chip de primeira geração, batizado de N1, utiliza 1.024 eletrodos, mas a Neuralink exibiu modelos da próxima geração, que devem ter mais de 16 mil eletrodos. O aumento pretende melhorar a performance.

    “Se você colocar um dispositivo em ambos os lados do córtex visual, isso lhe daria 32 mil pontos de luz para criar uma imagem em alguém cego, por exemplo”, disse o pesquisador Dan Adams. Ele é um dos responsáveis por desenvolver a tecnologia que embala os dados da câmera em um formato compatível com o cérebro e os canaliza diretamente para o córtex visual.

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