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    Maduro apoia criação de moeda comum entre Brasil e Argentina e quer incluir a Venezuela com inflação de 300%

    O ditador da VenezuelaNicolás Maduro, disse na segunda-feira (23) que o seu país apoia a criação de uma moeda comum entre Brasil e Argentina e que a proposta deve ser estendida para a América do Sul, em resposta à ideia de Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente argentino, Alberto Fernández, de avançar com um projeto de moeda comum na região.

    “Anuncio que a Venezuela está pronta e apoiamos a iniciativa de criar uma moeda latino-americana e caribenha“, disse o líder venezuelano no Palácio Miraflores, sede do governo, depois de liderar um ato contra sanções internacionais.

    Para o governante venezuelano, este projeto contribui para a “independência, união e libertação da América Latina e do Caribe”, razão pela qual aderiu à iniciativa desta moeda comum para transações comerciais que permitiriam deixar de depender do dólar, como afirmaram Lula e Fernández.

    “Penso que vai acontecer e penso que precisa acontecer. Porque há países que às vezes têm dificuldades para adquirir dólares, e é possível estabelecer acordos para que depois os bancos centrais possam fixar a taxa de câmbio para o intercâmbio comercial”, pontuou Lula.

    Economistas reagiram e apontam que se isso realmente acontecer poderá ser uma tragédia para o Brasil, país com a melhor situação da região, uma vez que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Argentina fechou o mês de dezembro com alta 5,1% na comparação com novembro, o que deixa o país com inflação de 94,8% em 2022 na comparação anual, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).

    Já a inflação na Venezuela ultrapassou 300% em 2022, de acordo com estimativas divulgadas pelo Centro de Difusão do Conhecimento Econômico (Cedice). Os dados apontam que o setor de alimentos foi o mais afetado, com altas de preços registrando altas de até 332,43%.

    A inflação no Brasil em 2022 fechou aos 5,79%, no último ano do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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