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    Lula culpa Bolsonaro por ter ido ao Egito de carona em jatinho de empresário preso por corrupção

    O presidente eleito Lula (PT) responsabilizou nesta sexta-feira (18) Bolsonaro e apoiadores “raivosos” do atual presidente por ter utilizado o jato de um amigo que já foi preso para viagem ao exterior.

    Em Lisboa, Lula disse que “um presidente responsável teria oferecido avião da FAB” para eu ir à COP27, no Egito, de forma que não precisasse utilizar a aeronave de um empresário. Vale lembrar que Lula não foi convidado como Chefe de Estado para ir.

    O petista afirmou ainda que um “presidente eleito precisa cuidar da segurança” diante de “bolsonaristas raivosos se espalhando mundo afora”.

    Lula viajou na última segunda (14) à COP27, em Sharm el-Sheikh, no jato do empresário José Seripieri Filho, conhecido como Júnior, fundador da Qualicorp e dono da QSaúde.

    O proprietário do jatinho

    Ex-dono da Qualicorp, Seripieri Filho foi um dos convidados do casamento de Lula com a socióloga Rosângela Silva, a Janja, em maio. Durante a campanha, o empresário declarou ter feito ao menos duas contribuições para ajudar a eleger o amigo. Na reta final do primeiro turno, foram R$ 660 mil doados ao PT, segundo prestação de contas enviadas ao Tribunal Superior Eleitoral. No segundo turno, depositou mais R$ 500 mil na conta do candidato – o segundo maior valor recebido pelo petista, somando mais de 1 milhão de doações para Lula.

    Seripieri Filho é amigo de Lula há pelo menos uma década. Após deixar a Presidência, em 2010, o petista costumava frequentar uma mansão de veraneio do empresário em Angra dos Reis, no litoral sul do Rio. O então ex-presidente chegou a passar um reveillon no local. Na mesma época, o empresário também costumava ceder um helicóptero e um jatinho para transporte do ex-presidente pelo país.

    Seripieri foi preso junho de 2020 em uma Operação da PF que apurava supostos pagamentos ilícitos à campanha do senador José Serra. Os investigadores apontaram indícios de que a Qualicorp tinha fraudado contratos para dissimular repasses à campanha, e o delegado responsável afirmou que o empresário montou uma ‘estrutura financeira e societária’ para ocultar a transferência do dinheiro da Justiça Eleitoral.

     

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