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    Haddad quer a volta dos impostos sobre combustíveis já em janeiro, os mais pobres serão os mais afetados

    O retorno dos impostos federais sobre os combustíveis pode elevar os preços ao consumidor já no primeiro dia de janeiro de 2023. O Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) calcula que a reoneração causará o seguinte impacto sobre os preços:

    • Gasolina: + R$ 0,69
    • Etanol: + R$ 0,26
    • Diesel: + R$ 0,33

    Os mais afetados com o aumento dos combustíveis serão os mais pobres, já que os custos de transporte rodoviário têm impacto sobre os preços a serem pagos pelos produtores, que precisam escoar sua produção, bem como no preço final pago pelo consumidor. Dessa forma, o aumento do preço dos combustíveis tem impacto direto no orçamento familiar, seja pelo gasto direto com transporte individual e/ou coletivo ou, ainda, pelo encarecimento de produtos básicos nas prateleiras dos supermercados resultante do aumento dos custos do escoamento.

    Os impostos foram zerados em junho de 2022 por Paulo Guedes, ministro da economia do Presidente Bolsonaro, em meio à escalada do preço dos combustíveis nos postos. A isenção está garantida até o dia 31 de dezembro deste ano e a equipe de Bolsonaro tentou manter os combustíveis sem impostos para 2023, mas o novo governo de Lula sinalizou que não quer que a atual gestão mantenha nada que influencie no futuro governo, inclusive a isenção de impostos.

    O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não concordou em prorrogar o corte de impostos. Depois da PEC da Transição, que aumentou a licença para gastos, o futuro governo conta com o aumento da arrecadação para diminuir o déficit nas contas públicas já contratado para 2023. O impacto da prorrogação da medida seria de R$ 52,9 bilhões no ano cheio. Setores do mercado financeiro pressionam pelo fim da desoneração para a melhoria das contas públicas.

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