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    Governo revoga portaria sobre aborto e casos não precisarão mais ser avisados à polícia

    A ministra da Saúde do governo Lula, Nísia Trindade, revogou a portaria de 2020 que previa o aviso à polícia para realização de aborto legal. A revogação foi assinada na última sexta-feira(13) e publicada nesta segunda-feira (16) no Diário Oficial da União.

    A portaria revogada foi estabelecida em setembro de 2020 durante a gestão de Eduardo Pazuello no Ministério da saúde.

    A norma obrigava a notificação à polícia em todos os casos de aborto permitidos por lei, agora o aborto legal não precisará mais ser avisado às autoridades policiais.

    Na época, a pasta justificou que a medida foi tomada para “garantir aos profissionais de saúde envolvidos no procedimento de interrupção da gravidez segurança jurídica efetiva para a realização do aludido procedimento nos casos previstos em lei”.

    No Brasil, o aborto é autorizado em caso de violência sexual, quando o parto põe em risco a vida da mulher ou quando o feto é anencéfalo.

    O Código Penal brasileiro estabelece pena de 1 a 3 anos de detenção para aborto, exceto em caso de risco de morte da mulher ou estupro. Em 2012, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu autorizar o procedimento em caso de anencefalia fetal.

    Além da medida sobre o aborto, a ministra revogou outras 5 portarias assinadas durante o governo de Jair Bolsonaro (PL):

    • alteração na Rami (Rede de Atenção Materna e Infantil);
    • alteração na habilitação e no financiamento da Rami;
    • criação Fórum Permanente de Articulação com a Sociedade Civil;
    • formalização de programas nacionais de prevenção e detecção precoce de câncer; e
    • alteração na Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização.

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