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    Geração ‘nem-nem’ já soma mais de 12 milhões de jovens e pela 1ª vez, filhos têm QI inferior ao dos pais

    Geração ‘nem-nem’: 12 milhões de jovens no Brasil não estudam e nem trabalham

    Os chamados “nem-nem“, são o grupo de pessoas que nem estuda, nem trabalham. Segundo a consultoria IDados, até o segundo trimestre de 2021, essa população representava 30% dos jovens do Brasil. Isso significa 12,3 milhões de pessoas, cifra que supera a população da Bélgica, estão nessa situação no Brasil

    O número de nem-nem teve um salto durante a pandemia, em 2020. Em 2021, os números recuaram um pouco. O problema é que desde 2012 o número está em crescimento. Naquela época, os nem-nem eram 25% da faixa etária, ou seja, já era de 10 milhões pessoas.

    Isso representa uma ineficiência enorme para o Estado, já que muitas dessas pessoas tiveram um investimento público por trás”, diz a pesquisadora da consultoria, Ana Tereza Pires, responsável pelo levantamento. Além da questão econômica, tem também o lado individual de cada um dos jovens, sem experiência.

    A cada ano novos estudantes se formam e não conseguem ser absorvidos no mercado de trabalho, o que cria um bolsão de nem-nem. Sem emprego nem renda, eles não conseguem estudar e muitos param no meio do caminho.

    Segundo a BBC News os jovens de hoje são a primeira geração da história com um QI (Quociente de Inteligência) mais baixo do que a última. Pesquisadores observaram que em muitas partes do mundo o QI aumentou de geração em geração por décadas. Isso foi chamado de ‘efeito Flynn’, em referência ao psicólogo americano que descreveu esse fenômeno, mas recentemente, essa tendência começou a se reverter em vários países.

    O QI é fortemente afetado por fatores como o sistema de saúde, o sistema escolar, a nutrição, etc., mas se considerarmos os países onde os fatores socioeconômicos têm sido bastante estáveis por décadas, o ‘efeito Flynn’ começa a diminuir. Nesses países, os “nativos digitais” são os primeiros filhos a ter QI inferior ao dos pais.

    O Brasil é o segundo país na esfera da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com a maior proporção de jovens, de idade entre 18 e 24 anos, que não conseguem nem emprego e nem continuar os estudos, ficando atrás apenas da África do Sul. Nessa faixa etária, 36% da população de jovens brasileiros está sem ocupação.

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    steins gate 0 miirai.io
    3 meses atrás

    Reading your article helped me a lot and I agree with you. But I still have some doubts, can you clarify for me? I’ll keep an eye out for your answers.

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