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    Fim do saque FGTS, recursos do seguro-desemprego podem ser utilizados para Fundo de ‘Calotes’ que cobre dívidas de países que derem calote no Brasil

    O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) será extinto a partir de março deste ano, de acordo com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho

    Disponível aos trabalhadores desde fevereiro de 2020, a modalidade que permite ao trabalhador sacar parte da parcela da conta do FGTS, anualmente, no seu mês de aniversário, foi responsável por injetar cerca de R$ 34 bilhões na economia durante o governo de Jair Bolsonaro. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, confirmou que o saque-aniversário do FGTS será extinto a partir de março deste ano.

    O ministro do governo Lula prometeu repetir os feitos de sua primeira gestão da pasta, que comandou de 2005 a 2007. Entre eles, usar o FGTS como instrumento de investimento, já que o trabalhador não poderá mais sacar o seu próprio dinheiro.

    Contudo, economistas temem que os recursos do FGTS que não poderão mais ser sacados pelo cidadão possam ser utilizados como garantia do governo contra calotes, isso porque em 2018 O FGE (Fundo Garantidor de Exportações) precisou de um aporte de R$ 1,16 bilhão de recursos do Orçamento da União originalmente alocados para o seguro-desemprego para cobrir calotes em empréstimos tomados pela Venezuela e por Moçambique junto a bancos brasileiros, o fundo é fiador de créditos brasileiros concedidos ao redor do mundo, como o que Lula acabou de anunciar na Argetina.

    O FGE funciona como uma espécie de seguro do governo federal e serve como garantia de empréstimos, principalmente a outros países, concedidos pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e outros bancos privados. Foi muito usado nos governos do PT.

    Quando a Venezuela havia dado calote em uma parcela de cerca de US$ 274 milhões (R$ 965 milhões) que devia ao Brasil, referente a empréstimos tomados pelo país junto ao BNDES e ao CreditSuisse para contratar obras da Odebrecht, o FGE, que garantia os empréstimos, foi acionado para cobrir o prejuízo. Só que o FGE estava sem dinheiro em caixa e governo federal pegou recursos do seguro-desemprego para cobrir o calote da Venezuela.

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