Impacientes com a demora para a concretização do piso salarial da enfermagem, enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem realizam atos, paralisação e ameaçam entrar em greve em todo o Brasil. A lei que determina o piso salarial nacional no valor de R$ 4.750 para enfermeiros foi sancionada por Bolsonaro no início de agosto do ano passado.
Na terça-feira (14), a enfermagem fez uma mobilização nos estados e no Distrito Federal, com indicativo de paralisação nacional. Foram realizados atos nas ruas e a enfermagem vai cruzar os braços em alguns serviços de saúde, anunciaram líderes da categoria.
O intuito é pressionar o presidente Lula, o Executivo, Legislativo e Judiciário para solucionar a questão do piso salarial da enfermagem o mais rápido possível.
Em setembro de 2022, a lei federal que instituiu os valores a serem pagos para a enfermagem foi suspensa por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), em meio a uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) movida pela CNSaúde.
Desde então, alguns projetos já foram aprovados no Congresso para viabilizar o piso.
O que falta agora é o governo federal de Lula publicar uma medida provisória disciplinando as fontes de financiamento para que o piso salarial chegue ao contracheque da enfermagem.
A enfermagem acredita que a medida provisória para viabilizar o piso salarial pode ser publicada em março. A expectativa é que a liminar que suspende a lei seja derrubada e a categoria possa finalmente receber o piso salarial. Caso contrário, a categoria poderá entrar em greve geral a partir de 10 de março.